sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009



Abaixo abrimos um debate que queremos que seja elemento dinâmico da discussão nas universidades. Queremos tirar do marxismo o pó que o deixaram, depois de tantos anos sem grandes expressões da luta de classes. Neste momento de crise podemos nos armar ainda mais com uma ferramenta teórica que responda não apenas a uma análise da sociedade mas também à sua transformação. Queremos combater, pela ótica do marxismo, idéias propagadas como se fossem “A” verdadeira ciência “inquestionável”. Como parte de nosso apaixonante desafio de alçar o marxismo à ofensiva, achamos fundamental polemizar com dito “saber” produzido na universidade. Nesta primeira edição apresentamos uma breve introdução ao artigo de Leandro Ventura publicado na Revista Iskra (ver box), “Comentários sobre a Revolução Americana e seu uso ideológico”, tema que pode ser considerado um dos pilares da Ciência Política. Em nosso site está o texto de Rafael Borges e Felipe Caetés que trata brevemente da relação entre marxismo, ao passo que localiza os limites do direito alternativo. Em um país onde a produção teórica em torno ao tema é quase marginal, onde quase não existem advogados que dediquem suas energias à classe operária e ao povo oprimido e que são capazes de elaborar ancorados no marxismo revolucionário, iniciativas deste tipo revelam toda sua importância. Este é o início de uma discussão que queremos fazer nas salas de aula e no movimento estudantil como parte de construir uma nova cultura política entre os estudantes, que parte da síntese entre teoria e ação. Estamos com Marx quando diz que:“a crítica não é paixão da cabeça, mas a cabeça da paixão. Não é uma lanceta anatômica, mas uma arma. O seu alvo é um inimigo que ela procura, não para refutar, mas para destruir”.
REVISTA ISKRA de teoria e política marxista

A LER-QI, a partir de sua juventude universitária, publicou no final do ano passado a primeira edição da revista Iskra. Esta revista tem como objetivo aportar para a recuperação de uma teoria marxista efetivamente criativa e revolucionária, rompendo com a tradição – tão forte entre nós – do marxismo acadêmico, que o relega a mero “instrumental metodológico” ou até a “objeto de pesquisa”, como expressão de uma teoria muitas vezes até capaz de explicar fenômenos importantes da realidade – porém dissociado de visão realmente transformadora -, isso quando não se limita a repetir velhos dogmas, incapazes de sacudir a inércia; ou quando não é considerado como “uma ferramenta a mais”, passível de ser usada junto com legados teóricos do escopo de um Max Weber. Queremos travar um combate teórico-estratégico com as principais manifestações do marxismo reformista/revisionista, e com os próprios pilares do pensamento burguês e sua influência ideológica. Tudo isso no marco da necessidade imperiosa de contribuir para avançar o debate teórico fraterno e aprofundado, em primeiro lugar entre os jovens dispostos a pensar com a própria cabeça e a encarar os desafios postos pela realidade em toda a sua magnitude; e contribuir assim, à sua maneira, para a tarefa ligar a juventude revolucionária à vanguarda da classe operária, avançando na tarefa de construir o instrumento político necessário para responder aos enfrentamentos agudos da luta de classes que se avizinham.